Nossa, quanta mulher feia no ponto! Olha aquela japa ali! Tem perna torta e parece que levou uma panelada na cara. E a gorda? Peitão está bom! E a neguinha de chapinha, coitada. Dois viados de cabelo pintado... mereciam uma surra. Hoje está difícil. Dez horas dentro desse ônibus. Que cheiro de sovaqueira... pelamordedeus!

- Vai lavar roupa dona Maria! Lugar de mulher é no tanque! - dá vontade de meter o carro em cima. Rico é tudo igual, estão se lixando para os outros. O carro dela é caro, mas o meu é grande... já se viu.
Só entra estrupício. Feia, feia, gorda, baranga, cara de empregada, cara de vagabunda. Não vou mais nem olhar para o lado, só pra frente. Estou no horário, nenhum congestionamento ainda, estou na minha.
- E aí, negão! Beleza? Estou nessa linha agora. É. Vamo indo, né? Vai com deus... - Com o colega eu falo, só não falo com esse povo. Bando de pobre feio, fedido.
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