20 fevereiro 2013

Hora do rush...


Trânsito infernal, tudo parado e o motor do carro dá seu último suspiro bem no meio do viaduto. Buzinas não me estressam porque não posso fazer nada. Chove torrencialmente não vou sair para pedir ajuda para não estragar meu sapato novo de R$600,00. Desligo o rádio: A Voz do Brasil agora, não! Aparece um guarda envolto em plástico, bate no vidro e me manda ir para o acostamento. Desligo o motor, dou a chave na mão dele e me arrasto para o banco do passageiro. É claro que ele não pega, reclama e gesticula mandando os outros carros desviarem. O congestionamento começa a diluir. Um bom samaritano para no acostamento e vem ajudar, os dois encostam meu carro, eu agradeço. Ligo para umas quatro ou cinco pessoas pedindo ajuda, ninguém pode. Meus filhos me chamam no viva voz perguntando se podem fazer pipoca – estão com fome. As luzes da rua acendem e o guincho não chega. Já fumei meio maço de cigarros, arrumei a bolsa, lixei as unhas, falei com minha mãe. As crianças agora querem saber se podem pedir pizza, ouço a televisão à toda e a trilha sonora da novela Salve Jorge!

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