29 março 2011

Por uma filósofa de sete anos

Agora que eu já sei ler, aprendo em silêncio!

Nada se compara á emoção da descoberta do conhecimento. Pena que as escolas viram corporações lucartivas disputando " inovações" absurdas só para ter um diferencial. Hoje não interessa construi o conhecimento, mas sim humilhar a criança aponmtando o que ela não sabe. Não é dando feijoada para bebês que se constroi um geração forte. Cada coisa no seu tempo.


Não posso me conformar que um professor testa o conhecimento dos alunos baseando-se no que ele não sabe e não no que ele sabe. A auto estima vai para o espaço.

25 março 2011

carta...


Não  consigo encontrar outra maneira de dizer o que tenho a lhe dizer a não desse modo pontiagudo e fatal: não há planos, esperanças, ou possibilidades de ficarmos juntos. Acabou. O que quer que tenhamos vivido. A vida passou, as chances se foram, comemos barriga no jogo da vida. De agora em diante, cada um segue seu caminho, vamos lembrar o que foi bom.

Houve um tempo, foi há muitos anos e você se lembra bem, em que eu queria que você ficasse comigo. Não precisava ser muito mais do que vinha sendo, queria apenas que você dissesse que me amava e que compartilhasse um pouco do meu amor dentro de nossa confortável rotina. Foi o tempo em que mais amei você. Tola, imatura, porém sincera como uma criança eu o amava, queria o seu bem. Você fazia de tudo para não deixar escapar nem uma lasquinha de felicidade quando estávamos juntos, nem uma frestinha de gostar de mim porque também era tolo, imaturo e sincero. Você dizia que eu era quase perfeita, mas a perfeição em forma de mulher assombrava suas esperanças.

Tentei algumas vezes tirar você da minha vida. Quando a ferida estava cicatrizando, lá vinha você dizer alô e começar tudo de novo. De raiva, fui embora, me despedacei de saudades de algo que na verdade eu nem tinha. Encontrei velhos e novos amores, me arrisquei, mas seu fantasma perambulava ao meu redor.

Fingimos ser amigos, tentamos reatar, vivemos alguns dias de faz-de-conta-que-a-gente-é-feliz.  Agora você diz que queria estar comigo. Estamos velhos demais para sonhar, nossas manias não tem mais graça, são incompatíveis, e nossa paciência com o outro se foi. Não é justo depois de tanto tempo ficarmos juntos só para não nos afogarmos na solidão. Hoje a solidão é o meu santuário, já gosto dela. Pior, ela me faz bem. É onde fico para me recuperar de tentar entender esse mundo egoísta, descarrilado, que se atropela em progressos (regressos). Cuidei de tudo e de todos, cuidei de você, preciso cuidar de mim. Agora, não tenho mais ânimo para recomeçar.

Meu amor ainda existe, as lembranças me aquecem, eu só quero ter certeza de que você está bem, em paz. Sem ressentimentos, o que vamos fazer é cada um cuidar de si e tentar ser o melhor que pudermos ser daqui para frente.
Eu te amo. Adeus

22 março 2011

lua luinha

rabisquinho de prata
você é só minha
fiapo de algodão
meia lua meia taça
renda branca de fumaça
lua cheia escancarada
lua gorda descarada
lua míngua
está cansada
lua nova é do outro lado
deste lado está apagada

Drumond





Então, estive com Drumond, em Copacabana,
conversamos pouco, ele não estava para prosa.
Nem para versos.
Achei melhor olhar o mar.




...no mar estava escrito uma cidade,
no campo ela crescia, na lagoa,
no pátio negro, em tudo onde pisasse
alguém, se desenhava tua imagem,

teu brilho, tuas pontas, teu império
e teu sangue e teu bafo e tua pálpebra,
estrela: cada um te possuía.
Era inútil queimar-te, cintilavas.

19 março 2011

Rio sem praia

O rei D. Joao VI sabia das coisas, nao era tao bobao nem passava o dia comendo frango com a mao. Fugiu de Napoleao sem perder o reinado, driblou muita gente com seu dom de negociar. Criou, mandou fazer, tevsei la, mas a ideia de criar o Jardim Botanico na cidade foi perfeita. Esti la hoje de manha e adorei, vi plantas e flores que nunca tinha visto. Incrivel como uma mudanca de cenario pode fazer bem.

Fotinho ruim. Amanha eu troco pela que tirei.
Texto sem acento porque estou em computador alheio.

17 março 2011

Desanimada.

Essa é uma boa palavra, meio esquecida, em desuso, humilhada diante de tantas síndromes, estresses, bipolaridades, sociopatias, depressões, etc. Mas às vezes a gente está simplesmente desanimada, simples assim. Nada complicado, apenas sem ânimo para levar a rotina adiante.

Aborrecida.

Também é uma boa palavra, parece que vem de abhorresco, ab horror, o que dá a impressão de que a pessoa se ausenta de si mesma diante do horror. Pesado isso. Vamos combinar que diante do que a gente tem visto no noticiário dá vontade de sair fora mesmo  se abstrair dos horrores que andam acontecendo.

Enfim, o que eu estive pensando é que tem dias assim mesmo, que a gente não está lá essas coisas. Mesmo que seja por um tempo, ou que o desânimo ou o aborrecimento aparecem com mais ou menos frequencia, não é preciso colocar na testa nenhum rótulo. A gente é gente, sente, sofre, fica indignada, ou simplesmente sem vontade de ser, o tempo todo, um livro de auto ajuda ambulante.

09 março 2011

De vez em quando

... a gente dá uma mudada.
se surpreende com o passar do tempo
luta contra
depois
simplesmente
assume
cada fio de prata
cada experiência vivida...

Carnaval, ora veja!

A cada ano inventam temas e mais temas estranhos, fantasias mais vistosas ( e mais vagabundas ) letras de samba totalmente nada a ver. As rainhas de bateria só precisam ser famosas ( e gostosas e peladas e sarada e siliconadas) nem precisam sambar. Ah, precisam saber dar um barraco, puxar o cabelo da rival, etc.
Tudo bem, é um espetáculo, ouvir a bateria ao vivo é o máximo, mas quem viu uma viu todas.

Mas fiquei chocada com o tombo da Ana Rickman. Acontece que ela é simplesmente um ser humano, não é a Barbie como todo mundo pensa, inclusive o marido dela que acredita ter casado com um produto. Caiu. A gente cai, as pessoas caem, erram, pisam na bola, e daí? E dai que aundo a gente cai, se levanta e fica olhando para os lados pra ver se alguém viu. No caso dela...todo mundo viu.

02 março 2011

E agora?

 Estava pronta para quebrar tudo. Parada em frente a parede vi que não era assim. Teria que tirar os quadros, desmanchar as estantes que ficam do outro lado, afastar os móveis, cobrir os eletrônicos com um lençol, enrolar os tapetes, tirar um monte de coisas que ficam pelo caminho...e muito mais. Trabalho duro de preparação. Quebrar a parede, no final, parecia ser o menos complicado. Putz.
Achei melhor esperar mais um pouco. Não adianta sair quebrando tudo sem planejamento. É pior.
Derrubar paredes é um trabalho para super mulheres. Eu não estou com essa bola toda no momento. Pena.