21 dezembro 2010

Bom dia tristeza


Bom dia, tristeza
Que tarde, tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você... (Vinícius)

Minha homenagem à tristeza, sim senhor. Gosto dela, ela é real e deve ser vivida na sua totalidade. Ela nada tem a ver com a infelicidade. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Estar triste não é ser infeliz.

Hoje estou triste, muito triste com a maldade humana, com o egoísmo, com a falta de amor. Uma pessoa medíocre (veja bem, medíocre, pequena, fraca...) pode deixar todo mundo triste, porque a mediocridade é triste.

Só quem é feliz pode se dar ao luxo de ficar triste. O medíocre, esse sim é infeliz porque vê o mundo com a sua mediocridade e perde a chance de ver a grandeza da vida.

Que pena que as pessoas muitas vezes são assim.

Uma pena mesmo.

Detesto essa coisa...


...de ter encontro marcado com dia e hora para estar feliz. De repente voce corre feito louca, gasta mais do que pode, arruma encrenca com os parentes, bebe demais, come demais e diz para o vizinho: Feliz Natal!

Assim não dá! Natal deveria ser uma época legal, calma, as pessoas deveriam se falar com mais humanidade, ter mais afeto e consideração. Os presentes deveriam ser mais expontâneos e simples, a ceia mais tropical e as famílias mais unidas.

Não que eu não goste de Natal, eu gosto. Na verdade, eu gosto de cozinhar para a família, arrumar a mesa com capricho, como minha mãe fazia, acender velas, abrir as janelas e ter uma noite de paz. Procuro presentes significativos e os embrulho com muito carinho. Gosto de ver todo mundo em volta da mesa falando como a comida está deliciosa e o prosecco geladinho.

Não tenho paciência para fazer árvore de Natal, não vou na 25 de março, detesto essa ansiedade que fica no ar e aqula bendita árvore de Natal na 23 de Maio, perto do Ibirapuera. Nunca disse para meus filhos que Papai Noel existe, existe, mas que é uma lenda, uma tradição... mas fazia aquela coisa de deixar um pratinho pra ele.

Assim: ainda não sei se gosto ou não gosto dessa época do ano. tenho conflitos...

15 dezembro 2010

Mulherada




gente, olha só que delícia!
Amanda, Flávia e Gabriela no dia do meu niver...

18 novembro 2010

Argumento & Opinião

Ontem encerramos nossa 1a. Oficina de Texto & Uninove Jornal de Debates!

Gostaria de dizer que foram 8 encontros muito produtivos e estimulantes, graças à participação de vocês com todo empenho, entusiamo e sinceridade. Isso sem falar na coragem! é preciso criar um ambiente muito favorável para que a gente se sinta à vontade para mostrar nossos textos, que falam muito de nós, além de ouvir e expressar nossa opinião.

No penúltimo encontro discutimos o tema do JD "Para que serve a comissão da verdade?" Fizemos um " brainstorming" sobre o que sabíamos sobre essa comissão, sobre o período da ditadura e discutimos abertamente sobre abrir ou não os arquivos que guardam segredos desse período difícil da nossa história.


Em casa, preparamos textos jornalisticos sobre Populismo e Meio Ambiente e um conto cujo tema era " Coma". Nessa última semnana todos trabalharam bastante, o que foi muito bom e ontem, depois de falarmos novamente sobre pontuação ( dificuldade recorrente e comum a todos) lemos um pouquionho de Olavo Bilac e José Saramago e fizemos a leitura de todos os textos.


Melhores textos:

Katia Alexandre - melhor conto " Uma Passagem"
Leandro Gaspar - melhor texto jornalístico - " Populismo"
Mike Nascimento - 2o. lugar melhor texto jornlístico - "Populismo"

Cada texto lido acrescentou valor ao grupo e demonstrou o trabalho de cada um. Parabéns!

Para encerrar, então, tivemos o debate ao vivo "Para que serve a comissão da verdade?" mediado pelo jornalista Paulo Markun. Participaram do debate: Ivo Herzog - presidente do instituto Vladimir Herzog. José Gregori presidente da comissão de Direitos humanos de São Paulo e ex- ministro da Justiça, Martim sampaio - Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, Albero Malheiros Filho, advogado criminalista e professor da FGV, e o General Rocha Paiva. Foi um privilégio poder ouvir essas pessoas tão importantes.


O que vocês acharam?

Como o objetivo da oficina é escrever sua opinião e publicar no Jornal de Debates, estou aguardado os textos de vocês conforme combinamos, ok?
Vocês podem me mandar por email que eu envio para a corrdenadora Isabel Colucci, no JD, ok?

Mais uma coisinha: preciso que vocês me escrevam dizendo o que acharam do curso, ok? Pontos positivos e negativos, críticas e sugestões.

Adorei estar com vocês!
bedjo
san

10 novembro 2010

Hotel Paulistano

Hotel paulistano

Dentro do táxi e sob intensa chuva nas ruas de São Paulo, Fernando começou a fazer as ligações.

- Dr. Alberto, boa tarde. Meu hotel foi trocado? O endereço é da Marginal Tietê!

- Eu sei que hoje é domingo, seu Alberto...eu sei ...eu sei...mas...o lugar é horrível.

- Tudo bem, tudo bem...não ligo mais. Boa noite.

Outra chamada. O barulho da chuva fica mais forte.

- Monica? Tudo bem. Estou em São Paulo. Não está em casa? Está me ouvindo? Ah sim, sim...eu ligo mais tarde. Beijo.

O taxista tentou puxar papo e Fernando interrompeu-o com uma esticada de braço.

- Rubens? E aí camarada? Cheguei em São Paulo. Vamos tomar uma? Sério? Eu queria estar alto assim como você. Não tomei nada hoje. Mas, escuta: posso passar uns dias na sua casa? Ah...brincou? Casado? Mas morar junto com uma mulher também é uma espécie de casamento. Tudo certo. Tudo certo. A gente se vê.

A bateria do celular estava prestes a acabar. Mesmo assim ele insistiu em novos telefonemas.

- Diego! Irmãozinho...como você está? Preciso de um grande favor. Me passe o telefone da Rebeca. 839...o quê? Ah...então é o mesmo. Abraço.

O celular ia desligar antes da conversa com a amiga, mas arriscou.

- Rebeca! Moça, moça...estou em São Paulo. Minha empresa me mandou pra Margina Tietê. Quero ficar na sua casa! Por favor! Calma Rebeca! Sei que nem disse oi, mas a bateria vai acabar...

E acabou.

- Motorista! Você me empresta seu celular? Ah...entendo...pare num orelhão então, por favor!

Todos os orelhões estavam inundados nas calçadas imundas.

- Mudemos de caminho, motorista. Você pode beber uma cervejinha comigo?

Fernando imaginou que o taxista pudesse morar num bairro razoável, perto da Paulista e ainda por cima tivesse um quarto de hóspedes disponível.

Marcelo Fabri

diálogo


Estratégia de marketing do político corrupto:

- Bom dia!
- Bom dia.
- Tem ovo podre?
- Hã? Como assim, meu senhor?
- Quero comprar todos os ovos e tomates estragados que vocês tem.
- Preciso falar com o gerente.
- Pois não, eu sou o gerente. O senhor quer comprar ovos podres pelo que entendi.
- Isso mesmo.
- Por acaso, o senhor vai assistir ao comício do candidato?
- Shhhhh! Fale baixo! Eu SOU o candidato!
- Débito ou crédito?
- Põe na conta.
--
Leandro Gaspar
Twitter: @lbkpower
(11) 8422-5754

6o. encontro

No encontro passado decidimos os temas finais para a escolha dos melhores textos. Ficamos com 2 temas jornalisticos : populismo e meio ambiente e um tema literário: um conto de uma lauda com o tema COMA.
Hoje vamos ler um conto de Adelia Prado - O Desbunde
Vmao ler os textos que ainda não foram lidos e comentar
Vamos repassar um pouco de teoria com o tema Regência Verbal e Regência Nominal. Temos uma apostila com exercícios.
O tema de hoje para um rápido exercício será um anuncio no jornal. Trocaremos as fichas e os alunos deverão adivinhar a identidade de quem escreveu.
se der tempo, vamos falar um pouco sobre a crase.

05 novembro 2010

5o. Encontro

Teoria - breve apresentação sobre Análise Sintática. Recomendamos que os alunos estudem individulamente por ser um assunto vasto e complexo.

Ainda em teoria - falaremos sobre o uso da crase e o site de pesquisa do Manual de Redação e Estilo do Estadão organizado por Eduardo Martins.

Leitura dos textos produzidos e comentários.

Apresentação no quadro de um diálogo feito pelo aluno Mike com detalhes importantes de pontuação.

Escolha de um tema para produção de textos a serem postado sno JB.

03 novembro 2010

4o. encontro

Hoje, quarta-feira, vamos ler os textos sobre A Nova Presidente da República, com a intenção de um aluno ler o texto do outro, para que eles sintam melhor os problemas de pontuação, coerência, etc.

Vou distribuir um pequeno texto sobre o uso do verbo haver, sobre o ponto e vírgula e a expressçao " a nível de"; os erros de postuguês mais frequentes e o uso da crase.

Durante a oficina eles deverão produzir uma manchete: sortearemos palavras-chave e cada um deverá produzir uma manchete com a palavra que sorteou.

Bem, por enquanto é isso.
bj
san

3o. encontro

Na última sexta, os alunos já estavam menos inibidos e a dinâmica foi muito boa. Leram seus textos e ouviram os comentários dos colegas. Todos dão sua opinião e fazemos uma mediação no final. fRevisamos um pouco de teoria, eles tem problemas com pontuação e concordância. Lemos um texto sem pontuação nenhuma e eloa alunos foram pontuando. Para concordância, eles criam juntos uma notícia sobre uma famosa( Geisy Arruda) e fomos escrevendo no quadro. Depois apaguamos os verbos e eles passaram para o futuro e para o presente. Foi bacana.

Para a próxima quarta-feira trarão uma página de word com um texto sobre A/O Novo Presidente Eleito. Tenho recomendado autores e sites confiáveis que tem textos do tipo " para gostar de ler" . Eles não tem o hábito da leitura, uma pena.

Dos trinta inscritos, são 8 os assíduos. Eles comentaram que os alunos não entenderam muito bem como funcionam as oficinas . Depois, por ser de graça, muitos se increvem e não vão e outros que gostariam de ir tb não vão porque as vagas foram preenchidas.

è isso,
san

29 outubro 2010

2o. Encontro

leitura dos textos
comentários sobre o texto de Cany
vocabulário
exercício de escrita em aula - A legalização da maconha na Califórnia
2 times - 1 contra e 1 a favor -vice-versa

Para casa - estudar o texto - Mitos da Escrita - Garcez

27 outubro 2010

Textos produzidos em 22/10/10

Marcelo Fabri

O caos generalizado do trânsito na cidade de São Paulo tem raízes não só na ausência de uma política pública (plano diretor, incentivos fiscais, malha ferroviária) que defina prioridades para a cidade não parar, como também na ganância da iniciativa privada que só vislumbra crescimento nas vendas de automóveis e todos os serviços que o acompanham (apólices de seguros, acessórios, marketing).

O Estado não desenvolveu uma rede eficiente de transporte público há 30 anos atrás e hoje constata o atraso pagando um preço alto ao repetir todos os dias enormes índices de congestionamento. Ao mesmo tempo, as montadoras de automóveis estimulam a compra de seus produtos como algo essencial para a família. O sonho da liberdade em quatro rodas por apenas 60 meses financiados. O capital sempre estimula o individualismo e o pesadelo se inicia.

Leila Pereira

Educação: alunos da rede pública de ensino
O que faz os adolescentes serem tão desinteressados?
O medo de descobrir o fantástico, ou preguiça mesmo?
Há grande dificuldade em inserir conhecimento na vida
de alguém, para seu desenvolvimento pessoal!
A busca pelo conhecimento tem que partir do aluno. A
partir do momento que a pessoa resolve aprender, o es-
tudo se torna prazeroso.

22 outubro 2010

Argumento e Opinião – Sandra Schamas

1º. Encontro

Parte 1

Apresentação individual

ü escrever em 3 linhas “quem sou eu”, sem dizer o nome;

ü recolher e sortear os textos, na hora, para outro colega ler;

ü todos deverão ler um texto que não seja o seu;

ü após cada leitura os demais tentarão descobrir quem é quem;

ü uma rodada de apresentação individual;

Parte 2

O que eu espero da oficina:

(Anotar)

ü Apresentação da oficina; os Sim e os Não da oficina

SIM

NÃO

escrever em todas as oficinas

tentar “criar” um estilo

escrever em casa

bloquear a escrita por causa da gramática

ler em voz alta e ouvir nossos “leitores”

bloquear nosso fluxo de consciência

lapidar os textos

fazer julgamentos e criar preconceitos

ü O que é argumento? O que é opinião?

ü Fazer uma lista de tudo que os alunos forem dizendo sobre argumento e opinião.

ü O que esperam conseguir com essa série de oficinas? (Fichas - e só apresentar no final das oficinas)

ü Distribuição do texto de Clarice Lispector

Para a próxima oficina

Fazer um texto de, no máximo, uma lauda - 1400 caracteres com espaço com o seguinte tema: Memórias. Quando eu aprendi a escrever...

Trazer 2 artigos: 1que gostou e 1 que não gostou

HOMO LOQUENS A palavra jamais morrerá - Gabriel Perissé e


Se não parecesse exagerado amor à palavra, eu diria que educar alguém é, numa só frase: permitir-lhe o encontro com a palavra. Não só no que diz respeito à alfabetização, à ampliação do vocabulário, à apreensão das regras gramaticais sobre ortografia, conjugação, pontuação etc., ou mesmo à compreensão de termos técnicos que ajudam um profissional a dominar o seu ofício. Tudo isso é relativamente importante.

"O encontro com a palavra é mais do que importante: é essencial."

(Literatura & Educação, pp. 22-23)

HOMO LOQUENS
A palavra jamais morrerá

Por Gabriel Perissé em 30/10/2006

Navegar no oceano das imagens, clicar em ícones, televisar horas seguidas, internetar noite adentro, brincar com algum joguinho no celular, nada disso eliminará o signo verbal. Somos seres verbais, mesmo calados estamos falando, e na sala aula continua vigente a palavra, para que possamos argumentar, criticar, dialogar, conhecer.

Se uma imagem vale por mil palavras (ou talvez menos...), uma palavra também pode esclarecer, justificar a imagem. A foto legendada evidencia que nem tudo é evidente na foto. A propaganda com a imagem imensa... sempre carece de uma palavra. Ainda é um sonho de milhares chegar a escrever livros, fazer de suas idéias um conjunto de frases impressas em busca de leitores.

Existem livros mudos, sem texto, na TV assistimos a cenas que dispensam comentários, mas sempre de novo recorreremos às palavras, essas parábolas, essas "coisas" faladas e escritas que se põem paralelas ao real, e que ao real conferem sentido humano.

O gesto diz tudo, mas é a palavra que diz o quanto o gesto diz. A pintura, linguagem autônoma, e sabemos quanta linguagem para falar do pictórico, explicar o pictórico, apresentar o pictórico! Por mais que as cores, o movimento e os sons comuniquem, à palavra continua cabendo colorir, movimentar, sonorizar o nosso pensamento.

O SUOR E A LÁGRIMA - CARLOS HEITOR CONY

Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.


O texto acima foi publicado no jornal “Folha de São Paulo”, edição de 19/02/2001, e faz parte do livro “Figuras do Brasil – 80 autores em 80 anos de Folha”, Publifolhas – São Paulo, 2001, pág. 319, organização de Arthur Nestrovski.

21 outubro 2010

Tropa de elite


Que filme bom, bom mesmo: direção, edição, roteiro, fotografia, casting, argumento, tudo. Fiquei surpresa ao ver um retrato tão verdadeiro do Brasil, infelizmente.

O melhor é que ninguém pode falar nada porque se alguém abrir a boca e porque já está com a carapuça vestida...òtimo!!!

Recomendo e pode ser que eu veja de novo, tem umas falas ótimas. Padilha acabou criando um herói brasileiro. Fazia tempo que não aparecia um.

20 outubro 2010

Sou egocêntrico, sou moderno.


Saio do escritório para almoçar com meus colegas, falamos mal de todo mundo e , depois de comer meu pf faço questão qde andar com meus amigos bloquando a calçada toda. A gente gosta de comer bem depressa e andar bem devagar. Quem estiver com pressa que ande pelo meio da rua. Aproveito para fumar porque no escritório é impossível. Depois de apagar o cigarro no chão, masco chicletes e cuspo antes de entrar no prédio. Todo mundo faz isso.

Quando eu ando de carro, prefiro nem olhar para os pedestres e se alguém demora para atravessar toco a buzina e meto o carro em cima. Meu carro? É grande, cara. Adoro parar em cima da faixa porque quando o sinal fica amarelo já saio logo.

Às vezes vou para o trabalho de condução, sento mesmo no lugar de idosos, e fico lá, com meu Ipod fingindo que estou dormindo. Até babo, se for o caso. Minha casa eu levo nas costas, numa mochila enorme e acho super prático, principalmente se fico em pé no metrô.

Falo o dia inteiro no celular, resolvo um monte coisas, tiro foto na balada para colocar no facebook. Mulher? Pego todas. tenho o maior orgulho de dizer que nunca, mas nunca mesmo liguei no dia seguinte. Se encontro em um barzinho uma com quem já fiquei finjo que não conheço. Elas ficam ligando o dia todo.

Moro com meus pais. Não acho legal morar sozinho. Também só vou pra casa pra dormir. Eu até que ganho bem, pago todas as minhas contas e ainda guardo algum. tenho uma vida boa, me cuido, vou na academia, compro roupas legais, tenho meu trabalho, minhas coisas... tá tudo bem.

19 outubro 2010

Paraty de novo!


Não adianta, amo esse lugar. Fomos nos feriados de 12 de outubro e o tempo feioso não atrapalhou em nada. Ao contrário, só me fez ver a cidade de um jeito mais romântico e introspectivo.
Os amigos, a casa, a cidade, a música que escapa dos bares à noite são o melhor alimento para meu espírito. Voltei bem, em estado de graça.

28 setembro 2010

Lapa 40 Graus


Gafieira é bom demais. Pena que demorou tanto para eu conhecer ao vivo. A música, o chão de madeira, gente que sabe dançar muuiitooo. Adorei. Por mim, iria todas as noites.

22 setembro 2010

casamento da Marina


...é bom estar com quem a gente gosta!

O sono das três

Tenho um sono incontrolável extamente às três da tarde...todos os dias. Essa síndrome deve ser parente da tristeza que bate domingo à noite. Coisas que a gente não explica. Quando bate esse sono fico tentando me lembrar de quando eu não tinha. Não tenho nenhum registro.

Aqui no trabalho fico tentando inventar coisas que me despertem, já tomei uns três cafezinhos e nada, mal posso me controlar. Acho que vou adotar a sesta.

09 setembro 2010

Eu vi passarinho verde...


...e me senti uma mulher descolada!

O tempo me fez descolar a craca, tirar as cascas pouco a pouco e descolar aquela pele que fica grudada entre a casca e a polpa. Consigo ver melhor quem eu sou, sem maquiagem, sem artifícios, simplesmente eu.

08 setembro 2010

Hoje



Queria não ter que cumprir a rotina de uma quarta-feira depois do feriado, mas a responsabilidade fica me atordoando e tenho que ir.

Os dias sombrios são perfeitos!

Tudo fica cinza, a melancolia é acolhedora, não tem sol pra gente fingir que é ele que faz a gente feliz.

Mergulhar no cinza, que é verdadeiramente meu, me faz bem.

Cinzas e sóis são pate da vida.

02 setembro 2010

O que a vida faz com a gente?

Ou o que a gente faz com a vida?

Eu quero saber de onde vem tanto conflito por coisas que já se fez, se sempre se faz o melhor no momento. É o que temos para hoje - dizemos conformados - e daí? Daí que esses miasmas ficam se reproduzindo em nuvens negras, anuviando a nossa percepção.

Eu também quero saber de onde vem tanta ansiedade por causa do que ainda não aconteceu, se a gente não sabe como realmente vai ser. E se? - perguntamos ansiosos - como vai ser? Vai ser o que tiver de ser e não adianta contruir castelos de cartas porque eles desabam a qualquer vibração.

Eu tento desesperadamente entender o aqui e agora, tento me concentrar no que estou fazendo nesse momento e só consigo através da dor. Ela é presente, está acontecendo, quer que eu preste atenção só nela e me chama para o único tempo que é real num nhenhenhen torturante.

Como posso querer me livrar da dor física se é por ela que me sinto viva?

Que merda!

Mas, é o que temos para hoje...

18 agosto 2010

Andei presquisando sobre Frida Khalo...


e o artigo foi publicado em uma revista de Santo André...


Primeiro o livro ‘Diego e Frida’, originalmente publicado em1993 pelo Nobel francês J.M. LeClezio que aborda o conturbado relacionamento da artista mexicana com o pintor Diego Rivera, com quem se casou duas vezes. Depois, o filme ‘Frida’: um drama dirigido por Julie Taymor onde a artista mexicana é interpretada por Salma Hayek. E agora, em 2010, quando supostamente Frida faria 100 anos, a conceituada editora Cosac Naif lança ‘Frida Kahlo – Suas Fotos’ com mais de 400 fotografias do arquivo Museu Frida Kahlo, selecionadas e organizadas pelo fotógrafo, editor e curador Pablo Ortiz Monasterio. A coletânea de fotos, mais reveladora do que a biografia, mostra a obsessão da artista por auto-retratos, herança de seu pai que era fotógrafo.


Mas, quem foi essa mulher de natureza transgressora que se transformou em um mito da América Latina?

Nascida em uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México, em La Casa Azul onde morava a família – há controvérsias a respeito da data de seu nascimento. Frida se destacou como pintora em uma época onde só os homens tinham vez. Lutou contra a dor como poucas pessoas teriam lutado. Aos seis anos de idade foi vítima de poliomielite e, aos dezoito, sofreu um grave acidente quando o trem onde viajava se chocou com um bonde e o pára-choque de um dos veículos lhe atravessou o corpo atingindo sua coluna vertebral. Obrigada a passar anos em uma cama, entre aparelhos ortopédicos, agulhas e bisturis, começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama. Usava a arte para retratar sua dor e buscar o autoconhecimento. Nas fotos do período de convalescença ela aparece sempre com adereços e flores no cabelo, brincos, colares, pulseiras, num exercício infindo de auto-estima.

Frida teve uma ascensão rápida no mundo das artes e sua vida pessoal foi marcada pelas tragédias e pelos romances conturbados. Além de Rivera, que era vinte anos mais velho que ela, e com Leon Trotsky depois que ela aderiu ao comunismo, teve várias mulheres como amantes. Suas pinturas refletem sua vida, as cores do México, a arquitetura e a cultura do país.

A paixão, as sobrancelhas grossas, as roupas indígenas mexicanas e tradicionais traduzem a imagem da sofrida artista, que morreu aos quarenta e sete anos depois de complicações com a amputação de uma perna.

Por sua biografia singular e produção artística riquíssima, a Carol Gregori Acessórios escolheu como tema para sua coleção de verão ‘Frida, Paixão pela Vida’ inspiração que agrega valor à marca cujas clientes apreciam, além de moda, arte e cultura. A concepção das peças foi uma homenagem a essa mulher de vanguarda que incomodou o mundo com sua vontade de viver.

''Piés para qué los quiero si tengo alas pa' volar''.